terça-feira, 7 de dezembro de 2010

QUER NAMORAR COMIGO?


Esta pergunta que todo adolescente faz, traz em si um mundo indecifrável de surpresas. Verdadeira caixinha de Pandora. A pergunta também pode ser: Vamos namorar? O conteúdo continua o mesmo. As consequências também. Ao respondê-la a maioria passa a usar uma espécie de venda mágica nos olhos, que cega completamente a racionalidade e a capacidade de discernir. Nada mais é visto no outro, senão as coisas que um dia “serão boas”. As ruins não contam. Os possíveis defeitos são neutralizados. Os distúrbios e desvios de caráter são aceitos como normais. Até mesmo uma latinha de coca-cola, como piercing, na orelha passa a ser um referencial de conduta normal. Enquanto sua mensagem revela desequilíbrio familiar. Educação destituída de valores perenes. Conflitos entre os cônjuges e a prole. Ausência de valores permanentes. Uma psicopatia em gestação, cujos resultados terminam na Delegacia da Mulher. Algumas poucas vezes na sala do juiz, com aplicação da Lei Maria da Penha. Em outros, e são muitos na atualidade, o término ocorre no cemitério, com o sacrifício de inocentes que não pediram para nascer. Tais distúrbios não são questionados. Como a natureza segue o seu curso, não há perguntas sobre o comportamento das pessoas. A mãe natureza simplesmente apresenta a conta a ser paga, com a frieza natural dos fatos. A natureza não questiona o porquê do não uso correto da liberdade. Cabe aos atingidos pelas ações tresloucadas de indivíduos sem consciência, compreender a lição. Mas a vida comprova que não conseguimos aprender as lições da vida. O “amor” que não é amor, não vê e não discute desequilíbrios.

Apenas crê que a aparência dócil e jovial, do relacionamento sem compromisso, gera compromissos duradouros. O resultado aí está: A família desestruturada. Em decadência. O doce lar se transforma em fel de amarguras.

Assusta o desequilíbrio familiar na atualidade. Temos tudo para construir famílias equilibradas. Felizes. Saudáveis. Mas o resultado atual é trágico em todos os aspectos. Nem mesmo as famílias que se dizem cristãs estão conseguindo resultados positivos. Que influenciem e promovam melhoria social. Não há grande diferença entre os filhos de Deus e os filhos dos homens, usando a linguagem da corrupção humana descrita em Gênesis. Os valores que norteiam os lares não diferem. O povo de Deus abandonou os princípios estabelecidos na Bíblia para orientação familiar e aderiu as normas propostas pelo pecado.

Esta união escusa tem como resultado filhos rebeldes. Depressão em massa. A Fluoxetina é o alimento dos salvos que não conseguem mais repetir os Salmos 3:5 e 4;8. Há necessidade de reforços psicotrópicos para aliviar a ausência de paz íntima.

É possível detectar alguns elementos responsáveis ou geradores do desequilíbrio familiar atual. Sem levar em conta a soma dos fatores sociais, uma vez que nos interessa aqui o que ocorre no âmbito da Igreja. Razão simples: Cabe aos salvos ditar as normas de conduta correta para os demais segmentos da sociedade. Como sal e luz o salvo tem a responsabilidade de nortear o caminho a ser percorrido. Mas se estamos sem norte, não há como guiar os demais cegos.

Banalizou-se o casamento, com seu pressuposto bíblico. Os jovens chegam ao casamento, quando chegam, com a firme decisão de ter o divórcio como solução para o primeiro desencontro conjugal. Não deu certo, separa-se. “Tenho direito à felicidade”. Mesmo quebrando a proposta Divina. Pastor que prega contra o divórcio hoje, se sujeita ao título de retrógrado e perda do pastorado. A frente pró-divórcio avança e coíbe qualquer preparação para o casamento. A pureza sexual deixou de ser norma entre os jovens. A maioria avança o sinal no segundo encontro.

A igreja vê e fecha os olhos. Os pais sabem e silenciam. Sentem-se amedrontados. Não conseguem dialogar com os filhos e propor a pureza como conduta esperada dos salvos. A quebra da fidelidade gera casamentos que já começam fracassados. O sentimento de culpa fatalmente expõe o casal a desavenças. Há ausência de vida espiritual no lar. Trocou-se o culto doméstico pelas novelas. Mesmo que a música tema seja uma elegia a satanás, os salvos a absorvem com normalidade. Poucas são as crianças que ainda ouvem histórias bíblicas antes de dormir. A ausência de comunhão com Deus na infância gera os jovens tatuados no futuro. Deus foi banido do recesso dos lares. Não há porque se assustar com filhos de salvos drogados. Encarcerados a buscar novas experiências que supram a falta de experiência com Cristo.

As Igrejas estão falhando ao abolir a Escola Bíblica em função de programas outros que propõem o crescimento do rebanho, mas sem conteúdo bíblico. Manter uma EBD requer investimento. Bons professores, comprometidos com as verdades bíblicas. Um culto sem Bíblia é mais atraente e mais fácil de produzir. O resultado se faz sentir na família.

A mundanização do sagrado nivelou as verdades bíblicas. Tudo é relativo. Como não há normas definidas, todas são válidas.
Cumprem-se em nossos dias a mensagem de Isaías 39: ”Ai dos filhos rebeldes, diz o Senhor, que tomaram conselho, mas não de mim”...v.1 “Povo rebelde é este, filhos que não querem ouvir”. v 9.

A rebelião está produzindo os seus frutos. Amargos frutos de uma geração sem compromisso com Deus.

Você quer namorar comigo? A gente fica. Caso dê certo pensaremos em compromisso mais sério. Resultado: mais uma vida a chafurdar-se no pecado. Antes do sim, pense nos resultados.

Sugiro-lhe reposta diferente. Responda: Vamos orar. Buscar a direção do Senhor. Manteremos a pureza e santidade dos nossos corpos. E se for da vontade do Senhor construiremos juntos uma família feliz. Você pode conseguir.




Autor:Pastor Julio Oliveira Sanches
fonte:http://www.pastorjuliosanches.org/

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