Na cruz vemos a culminância do amor de Deus a sua criatura decaída no pecado. Só o amor é capaz de interpretar, explicar e suportar a cruz. Impossível a alguém que insiste em rejeitar o convite e viver sob a sombra do amor, compreender o que ocorreu na cruz. A mensagem de amor que a cruz transmite nos emociona. Obriga-nos à reflexão. Exige uma resposta comprometedora. Sem interferir na decisão do objeto amado, a cruz apela à liberdade de escolha e de resposta. Convence por si mesma, sem precisar de rebuscado discurso.
Paulo, o apóstolo, ficou tão impressionado com a prova de amor oferecida na cruz, que exclama: “Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores” (Romanos 5:8). Isto significa que a cruz quebrou a norma humana. É praxe aos homens, ou aqueles que dizem amar, solicitar uma prova de amor do objeto amado. “Se você me ama....” e lá vem uma solicitação, nem sempre condizente com a essência do amor. Quase sempre o pedido visa o bem estar de quem diz amar. Ao passo que o amor verdadeiro busca o bem do objeto amado. Pedido que busca se locupletar na inocência ou carência alheias. Da indignidade do amor oferecido e também exigido. Amar para tais pessoas é receber. É aproveitar-se do outro. É prazer próprio, independente das consequências que ocorram na experiência do objeto amado. A cruz inverte este proceder e realça o amor em sua verdadeira natureza.
O objeto amado não pediu e nunca solicitou uma prova de amor a Deus. A caminhada histórica de Deus com o homem chafurdado no pecado, sempre foi prova suficiente do amor divino e comprovação da rejeição desse amor por parte do homem. As declarações de amor são tantas e incontestáveis que o homem não tinha e continua não tendo como pedir uma prova de amor ao Criador. “Eu amei..” diz o Senhor (Oséias 11:1). Apesar da rejeição ao meu amor, continuei a amá-lo, diz o Senhor. Jesus sintetiza esse amor na declaração universal do amor de Deus à humanidade, sem nenhuma acepção: ”Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho Unigênito, para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3:16). Amor dádiva. Amor primeiro. Amor iniciativa, independente da resposta. Amor comprometido com o ideal único: O bem estar. A felicidade do objeto amado. Alcançado por este amor, sem conseguir explicá-lo ou mesmo entender porque Deus me ama, João, o apóstolo, diz: “Nós O amamos a Ele por Ele nos amou primeiro” 1ª João 4:19). É amor constrangedor, diz Paulo ao escrever aos rebeldes salvos em Corinto (2ª Coríntios 5:14). Constrange porque não pedi para ser amado. Não busquei corresponder ao chamado do amor. Mesmo assim Ele veio ao meu encontro. Procurou-me. Achou-me. Aceitou-me como estava e providenciou nova vida envolta na sublimidade do amor. Que maravilhoso amor!
Na cruz Jesus dá prova desse amor ao suplicar perdão para os seus algozes. Amor e perdão caminham juntos. São inseparáveis. Quem ama perdoa. Quem perdoa ama. Só conseguimos perdoar movidos pelo amor. Sem amor o perdão é pedido de desculpas esfarrapadas. É simulacro que sepulta na hipocrisia doentia a nossa incapacidade de amar. Jesus tinha ao pé da cruz todas as mazelas da traição humana. Toda a hipocrisia do ser humano, carcomido pelo pecado, estava reunida junto à cruz. A hipocrisia gerada pelo pecado, fomentada pela ausência de temor, floresceu ao redor da cruz.
Ali estava a Lei romana, com sua paz hipócrita, transvestida de justiça. O Governo em sua empáfia de seriedade escreveu o título da cruz e executou o réu. “O que escrevi, escrevi”, disse Pilatos. Não houve oportunidade para questionar a inocência do réu. Interesses políticos. Financeiros. Posições dentro do Governo, não admitiam contestação. Investido por leis elaboradas pelos próprios executores, o homem se julga superior a Deus. Ainda hoje é assim. A cena se repete nos tribunais. Nas salas de audiências. Nas delegacias. Nos escalões das empresas. Na liderança das Igrejas. No seio das famílias. Sou a Lei e a executo. Você obedece e ponto final. Jesus perdoou os executores e legisladores famintos de poder. “Pai perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lucas 23:34). Pobres e infelizes criaturas, desconhecem o amor e a verdadeira Lei.
Ao pé da cruz estava o povo olhando. Ah! O povo. É o silêncio dos que deviam reagir e não reagem. Preferem se ocultar no silêncio comprometedor. Preferem calar ante as injustiças. Não reagem. Sabem que o ato é injusto. Alguém está sofrendo, como inocente. Persiste o silêncio sepulcral. Indiferente a dor da ingratidão, Jesus perdoa-lhes “Pai perdoa-lhes...”, são dignos de misericórdia e compaixão.
Há os zombadores. Conhecem a Lei. Sabem a Bíblia de cor. Interpretam-na sob hermenêutica escusa e própria. Não lhes interessa a verdade. A posição eclesiástica é mais importante que o comprometimento com a verdade dos fatos. Zombam de tudo e de todos. Crêem na impunidade. “Pai perdoa-lhes...” São cegos que se recusam a ver. Carecem de perdão.
Junto à cruz estão os soldados. São treinados a obedecer sem questionar. A executar sem perguntar. A decidir sem sentimento. Repartem as vestes, pois o soldo é pequeno. Lançam sorte sobre a túnica, na certeza de que o ganho poderá compensar, se a sorte ajudar. Alguns têm vinagre e fel para minorar a dor da ingratidão. Zombam da desgraça alheia. São insensíveis a qualquer sofrimento. A vida os tornou cruéis, pela necessidade de sobreviver. “Pai perdoa-lhes...” é o retrato, sem retoque, da miserabilidade do homem sem o temor de Deus. Precisam de perdão.
Há o acusador. Pregado em outra cruz, ele prorrompe em acusações. Precisa de uma desculpa. Repete o primeiro casal no Éden. Alguém é responsável pela desgraça que me atingiu. Não fosse você, eu não estaria sofrendo as consequências das minhas escolhas. A sociedade está repleta de acusadores. Dedo em riste, sempre apontando para alguém. “Pai perdoa-lhes...” a ignorância e falta de raciocínio carecem de perdão.
Alguns contemplavam de longe. Em silêncio, tentam entender o drama. Sentem-se impotentes para agir e reagir. São vítimas de si mesmos. Não conseguem romper com o sistema. São frágeis para empreender ou esboçar uma reação. Eles continuam existindo aos milhões. São dignos de compaixão. “Pai perdoa-lhes...”. Em breve eles reagirão. Precisam de perdão para a inércia do momento. Serão esclarecidos. Mudarão de comportamento.
Apenas um, clama por misericórdia. Viu na cruz o perdão que emana do amor. Compreendeu o significado da cruz. Apoderou-se da essência da mensagem da cruz e suplicou: “Lembra-te de mim...”. Experimentou o perdão. Foi envolvido pelo amor e no amor. Adentrou os paramos celestes cantando: “Oh! Maravilha do amor de Jesus, desse admirável amor sem igual! Cristo penou e morreu numa cruz, para salvar-me da morte eternal”. (CC 36). Perdão e amor continuam a fluir da cruz. Ambos estão ao seu dispor.
Paulo, o apóstolo, ficou tão impressionado com a prova de amor oferecida na cruz, que exclama: “Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores” (Romanos 5:8). Isto significa que a cruz quebrou a norma humana. É praxe aos homens, ou aqueles que dizem amar, solicitar uma prova de amor do objeto amado. “Se você me ama....” e lá vem uma solicitação, nem sempre condizente com a essência do amor. Quase sempre o pedido visa o bem estar de quem diz amar. Ao passo que o amor verdadeiro busca o bem do objeto amado. Pedido que busca se locupletar na inocência ou carência alheias. Da indignidade do amor oferecido e também exigido. Amar para tais pessoas é receber. É aproveitar-se do outro. É prazer próprio, independente das consequências que ocorram na experiência do objeto amado. A cruz inverte este proceder e realça o amor em sua verdadeira natureza.
O objeto amado não pediu e nunca solicitou uma prova de amor a Deus. A caminhada histórica de Deus com o homem chafurdado no pecado, sempre foi prova suficiente do amor divino e comprovação da rejeição desse amor por parte do homem. As declarações de amor são tantas e incontestáveis que o homem não tinha e continua não tendo como pedir uma prova de amor ao Criador. “Eu amei..” diz o Senhor (Oséias 11:1). Apesar da rejeição ao meu amor, continuei a amá-lo, diz o Senhor. Jesus sintetiza esse amor na declaração universal do amor de Deus à humanidade, sem nenhuma acepção: ”Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho Unigênito, para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3:16). Amor dádiva. Amor primeiro. Amor iniciativa, independente da resposta. Amor comprometido com o ideal único: O bem estar. A felicidade do objeto amado. Alcançado por este amor, sem conseguir explicá-lo ou mesmo entender porque Deus me ama, João, o apóstolo, diz: “Nós O amamos a Ele por Ele nos amou primeiro” 1ª João 4:19). É amor constrangedor, diz Paulo ao escrever aos rebeldes salvos em Corinto (2ª Coríntios 5:14). Constrange porque não pedi para ser amado. Não busquei corresponder ao chamado do amor. Mesmo assim Ele veio ao meu encontro. Procurou-me. Achou-me. Aceitou-me como estava e providenciou nova vida envolta na sublimidade do amor. Que maravilhoso amor!
Na cruz Jesus dá prova desse amor ao suplicar perdão para os seus algozes. Amor e perdão caminham juntos. São inseparáveis. Quem ama perdoa. Quem perdoa ama. Só conseguimos perdoar movidos pelo amor. Sem amor o perdão é pedido de desculpas esfarrapadas. É simulacro que sepulta na hipocrisia doentia a nossa incapacidade de amar. Jesus tinha ao pé da cruz todas as mazelas da traição humana. Toda a hipocrisia do ser humano, carcomido pelo pecado, estava reunida junto à cruz. A hipocrisia gerada pelo pecado, fomentada pela ausência de temor, floresceu ao redor da cruz.
Ali estava a Lei romana, com sua paz hipócrita, transvestida de justiça. O Governo em sua empáfia de seriedade escreveu o título da cruz e executou o réu. “O que escrevi, escrevi”, disse Pilatos. Não houve oportunidade para questionar a inocência do réu. Interesses políticos. Financeiros. Posições dentro do Governo, não admitiam contestação. Investido por leis elaboradas pelos próprios executores, o homem se julga superior a Deus. Ainda hoje é assim. A cena se repete nos tribunais. Nas salas de audiências. Nas delegacias. Nos escalões das empresas. Na liderança das Igrejas. No seio das famílias. Sou a Lei e a executo. Você obedece e ponto final. Jesus perdoou os executores e legisladores famintos de poder. “Pai perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lucas 23:34). Pobres e infelizes criaturas, desconhecem o amor e a verdadeira Lei.
Ao pé da cruz estava o povo olhando. Ah! O povo. É o silêncio dos que deviam reagir e não reagem. Preferem se ocultar no silêncio comprometedor. Preferem calar ante as injustiças. Não reagem. Sabem que o ato é injusto. Alguém está sofrendo, como inocente. Persiste o silêncio sepulcral. Indiferente a dor da ingratidão, Jesus perdoa-lhes “Pai perdoa-lhes...”, são dignos de misericórdia e compaixão.
Há os zombadores. Conhecem a Lei. Sabem a Bíblia de cor. Interpretam-na sob hermenêutica escusa e própria. Não lhes interessa a verdade. A posição eclesiástica é mais importante que o comprometimento com a verdade dos fatos. Zombam de tudo e de todos. Crêem na impunidade. “Pai perdoa-lhes...” São cegos que se recusam a ver. Carecem de perdão.
Junto à cruz estão os soldados. São treinados a obedecer sem questionar. A executar sem perguntar. A decidir sem sentimento. Repartem as vestes, pois o soldo é pequeno. Lançam sorte sobre a túnica, na certeza de que o ganho poderá compensar, se a sorte ajudar. Alguns têm vinagre e fel para minorar a dor da ingratidão. Zombam da desgraça alheia. São insensíveis a qualquer sofrimento. A vida os tornou cruéis, pela necessidade de sobreviver. “Pai perdoa-lhes...” é o retrato, sem retoque, da miserabilidade do homem sem o temor de Deus. Precisam de perdão.
Há o acusador. Pregado em outra cruz, ele prorrompe em acusações. Precisa de uma desculpa. Repete o primeiro casal no Éden. Alguém é responsável pela desgraça que me atingiu. Não fosse você, eu não estaria sofrendo as consequências das minhas escolhas. A sociedade está repleta de acusadores. Dedo em riste, sempre apontando para alguém. “Pai perdoa-lhes...” a ignorância e falta de raciocínio carecem de perdão.
Alguns contemplavam de longe. Em silêncio, tentam entender o drama. Sentem-se impotentes para agir e reagir. São vítimas de si mesmos. Não conseguem romper com o sistema. São frágeis para empreender ou esboçar uma reação. Eles continuam existindo aos milhões. São dignos de compaixão. “Pai perdoa-lhes...”. Em breve eles reagirão. Precisam de perdão para a inércia do momento. Serão esclarecidos. Mudarão de comportamento.
Apenas um, clama por misericórdia. Viu na cruz o perdão que emana do amor. Compreendeu o significado da cruz. Apoderou-se da essência da mensagem da cruz e suplicou: “Lembra-te de mim...”. Experimentou o perdão. Foi envolvido pelo amor e no amor. Adentrou os paramos celestes cantando: “Oh! Maravilha do amor de Jesus, desse admirável amor sem igual! Cristo penou e morreu numa cruz, para salvar-me da morte eternal”. (CC 36). Perdão e amor continuam a fluir da cruz. Ambos estão ao seu dispor.
Autor:Pastor Julio Oliveira Sanches
fonte:http://www.pastorjuliosanches.org/
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