terça-feira, 23 de novembro de 2010

TADINHO DELE!

O que você diria de uma história como essa que passo a narrar? Um jovem saiu de sua casa e de sua cidade e foi trabalhar com seu tio. A bênção de prosperidade estava sobre ele e, por isso, tudo o que ele fez deu certo. Começou a cuidar do rebanho de cabras, e esse rebanho aumentou consideravelmente. Enfim, ele trouxe uma prosperidade para a fazenda de seu tio, nunca antes experimentada. Um dia, seu tio chegou a ele e disse assim: “Não é justo que você esteja trabalhando aqui sem receber salário, só porque é meu sobrinho. Diga quanto quer ganhar”. O jovem respondeu que trabalharia sete anos sem receber salário, desde que seu tio lhe desse, em casamento, sua filha mais nova. O tio concordou. Ao final dos sete anos de trabalho, seu tio o enganou entregando-lhe a filha mais velha (e não a mais nova) que era a quem o jovem amava. Sendo noite, ele deitou-se com ela, não percebendo o engano, o que só aconteceu pela manhã. Quando foi reclamar com seu tio, recebeu como resposta que, se quisesse casar mesmo com a mais nova, teria que trabalhar mais sete anos. Então, o jovem aceitou o desafio e trabalhou mais sete anos para poder se casar com a mulher amada.

Muito bem, agora justifico o título desse artigo: “Tadinho” dele. É isso que pensamos do jovem ao olharmos para essa história. Porém, se voltarmos alguns anos, vamos ver que esse mesmo rapaz enganou seu irmão e seu pai. O seu irmão era mais velho e, portanto, tinha direito a uma bênção chamada “bênção da primogenitura”. Essa bênção trazia algumas prerrogativas ao filho mais velho: na partilha de bens, na ausência do pai, ficaria com a maior parte; receberia também o direito dos serviços religiosos dentro da família, ou seja, seria o líder da casa. Pois esse moço se faz passar pelo seu irmão para receber a bênção de seu pai no lugar dele. Depois disso, teve que fugir de casa por conta da revolta do irmão e, assim, foi parar na fazenda do seu tio.

Sabe, quando ouvimos a história que contei no inicio, ficamos com pena do rapaz. Mas quando olhamos com atenção até o final, descobrimos que ele estava colhendo o que havia plantado. Ele enganou a seu irmão e a seu pai. Agora, por causa da lei da semeadura (o que plantarmos é o que vamos colher), ele também estava sendo enganado pelo próprio tio.

Essa história nos leva a refletir no seguinte: antes de reclamarmos do que sofremos em nossa vida, antes de nos acharmos injustiçados, deveríamos, com muita sinceridade, observar melhor a nossa história; deveríamos observar se, em algum momento, também não fomos injustos com alguém. É logico que essa observação quanto as nossas atitudes só funciona se for um exercício acompanhado de muita humildade, para reconhecer e admitir que também cometer erros. Se assim fizermos, talvez possamos pensar melhor em nossas próximas atitudes, em como estamos tratando as pessoas a nossa volta. Na verdade, nós não devemos fazer aos outros, o mal que não queremos que nos façam.

Autor: Pastor Luiz Antonio
fonte:www.luizantoniosilva.com.br
Acesse o site do Pr. Luiz Antonio. www.luizantoniosilva.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário